E ai lembrei
dos políticos, e ai lembrei da corrupção, mas depois lembrei que é tempero da
imaturidade política taxar todo ladrão de político. E ai me confundi, mas
depois vi que fez sentido.
Outro dia lembrei
do amor, anoiteceu e vieram lembranças das desilusões que me forçaram a julgar,
porque tais memórias nunca se vão, que todo amor passado ou possibilidade de
amor futuro é sinônimo de desilusão. E ai vi que rimei, mas lembrei que não sou
poeta. Só que por conhecer algumas poesias de alguns poetas me tornei
conhecedor que pra ser bom poeta nem é tão importante assim rimar. Ou rimar
assim pra que fiquem ricas.
Comemoraram
o aniversário do 7x1, mas ninguém soprou a vela porque assim como nosso futebol
lhe faltou e ainda falta fogo. Sim! E eu não levo nem pro viés metafórico. E
juro se eu tivesse linha editorial e poder de fogo mandaria fazer uma limpa em
todas as redações do globo e do terrestre protagonizando assim uma voraz caçada
pelos jornais que estampassem manchetes, críticas, charges ou qualquer outra menção
a este jogo maldito e queimava-os um por um, folha por folha, não deixando
sequer um para auxiliar na limpeza das vidraças.
Queimaria
inclusive as lembranças das desilusões.
E ai
lembrei que sou apenas um garotinho de dezoito anos malcriado, aprendiz de
revolucionário anarquista mequetrefe, dono de um linguajar metido a besta e
proprietário de sua própria bestagem. Mas também lembrei que se tenho dezoito
anos já sou um homenzinho e não mais um garotinho.
Giuliano de Oliveira Mangueira.