21 novembro, 2016

Messi, Iniesta e a minha inocência futebolística.


Deu no The Mirror que o Manchester City tirará Messi do Barcelona por 116 milhões de euros para um contrato de quatro temporadas. Confesso, não consigo imaginar o camisa 10 vestindo outra camisa que não seja a azul grená. Todos os games de futebol em suas respectivas versões que joguei ele está lá como a dor de cabeça predileta pra quem opta por jogar contra o time blaugrana. Pros que escolhem comanda-los não venha me dizer que é por causa do Iniesta, que até hoje FIFA nem P.E.S conseguiram reproduzir seu scout ou ao menos se aproximar dele. Iniesta que inclusive é outro monstro, que também nunca vestiu outra camisa e peço eu aos Deuses do futebol que não faça o mesmo que Xavi e encerre a carreira lá. Ninguém me convence de que a bola de ouro em 2010 não era do Iniesta. 

09 novembro, 2016

Little Joy, o prazer é todo nosso!



The Next Time Around


“… The further out you look
The further out you'll be…”

Trecho mais que convidativo para um I.N.U.C.C. Ponha The Next Time Around no volume médio e se imagine aonde mais quer estar. Apesar desse disco ter o seu quê de surf rock e a praia ser para minhas reflexões o refúgio preferido “The further out you look, the further out you'll be” me faz sentir sentado no centro do European Extremely Large Telescope. 


“... If nothing ventured, nothing earned
Though odds are set against…” 

Criei um lema! E pode usar pra si, não posso ter ciúme daquilo que tiro proveito.  “Quem não ousa não repousa”.  O ter nunca será tão delirante e formidável quanto o buscar e a letra dessa canção evoca o espaço entre eles. E faz isso em duas línguas, “E onde a sorte há de te levar, saiba, o caminho é o fim, mais que chegar”. 


Brand New Start

“… There ain't no lover like the one I've got
Ain't no lover like the one I've got
She and I and have a brand new start
Gotta give all my love...”

Que eu conclua o quanto antes essa crônica, ela precisa ser lida hoje por quem me interessa agora. Começos! Em num deles eu me encontro já sabendo que o objetivo é dele me distanciar. “...há de te levar, saiba, o caminho é o fim...”


Esta faixa é o caso interessante. Veja, eu ouvi pela primeira vez esse álbum em 2010 e lá os versos dela não me chamaram tanta atenção pelo fato de que não vivia nenhum principio. Little Joy é sempre atual ! Cheguei a dizer que ele, como alguns outros que me marcaram, se moldou a mim com o tempo, mas os discos já concluídos são inalteráveis e quem se molda ou inclina a cada canção somos nós. Uma resposta alternativa para Brand New Start talvez seja a madura Keep Me In Mind. Mas isso é conversa pra mais tarde. 

(o destino se alimenta de ironias, parei aqui o texto á uns dois meses e voltei já sem ter pra quem dedicar e sem a continuidade consequente, porém lamentavelmente não inerente a todos os princípios)


No One's Better Sake

"... One thought has me turning back
A dozen point the other way
We act upon desire..."

Opiniões próprias são hipotecas da nossa mente e quem penhora a inteligência perde a oportunidade de aprender. Opiniões são filhas de contextos, eles mudam, são substituídos. É impossível inclusive morrer com elas. Morremos com achismos, jamais com opiniões.

“… We   would be friends
If we tried again
I'd take second place
Just to end the race
For no one's better sake
Goodbye…”

As músicas desse disco se cumprimentam hora ou outra. Mais lá na frente No One's Better Sake parece intrometer-se nos versos de “Evaporar” com “Aprender a dar foi o que ganhei”. Ceder, meus amigos, ainda parece ser para poucos. E de poucos para muitos. Ultimamente tenho cedido bastante, no entanto é bem mais pela parcimônia ancorada a falta de coragem do que necessariamente pela hombridade que sobra nos que tanto abrem mão. 

Unattainable

Only when the goal
Is unattainable
Do I start to feel
Like I'm losing myself

A representação perfeita dos sonhos que eram até outro dia ainda não realizados e acabaram se tornando irrealizáveis. Sonhos que tiram o sono. Que transformam a criatividade de sua psique num simulacro a desenhar as mais improváveis cenas aonde se é ao menos visualizado o sucesso, o alcance.  É como ter a chave e não encontrar a porta. De entrada ou saída. 

Shoulder To Shoulder
“… Awkward choices
With smiles from ear to ear
A fated union
That won't survive the year
Timeless series
Of blameless accidents
The stubborn cycle
Of inherited mistakes...”

Certos casos, algumas aventuras, devem ser necessariamente vividos hoje, o quanto antes, porque estão no plano cartesiano da realidade, mas fogem de sua parábola. 

Keep Me in Mind

“… Oh, the fearlessness of thoughts in print
Strips the chord of a sensible word
And what´s worse?...”

Ambos, ao mesmo tempo. E discreta e internamente, a gente discute como lidar com cada sentimento e seus impulsos. Prevê quais barreiras deverão ser ultrapassadas para que superemos, esqueçamos e quanto tempo levará para isso. Tempo que, aliás, é medido com os ponteiros intuitivos que todo mundo tem.

“…. She left her mark
Indelible
Oh the nature of her scripted verse
Keeps my eyes
Set on the page
And it says…”

“… Frankly dear I´m forced to give it up
Tried my hand and now I´ve had enough
Even though we have to say goodbye
Keep me in mind
Keep me in mind
Keep me in mind...”

E francamente, é só o que tenho feito!
Existe todo tipo de despedida. Algumas são sutis, outras traumáticas, enquanto umas são marcantes e acontece de nos depararmos com aquelas que contemplam quase ou tudo isso. Sutil como a força silenciosa do vento, marcante pelas coisas que leva e deixa, um adeus foi me dito por esses tempos. 

How to hang a Warhol

Momma, someday you'll be so proud of me
You'll see me hanging in the New York gallery
Someday I'm gonna draw from the left side of my brain
People are gonna ask, 'is it brilliant or plain?'

É o anseio de todo criador, do mais tímido ao mais extrovertido e vaidoso. Quer de algum modo ter visto o que desenvolve. Não eliminemos as exceções, mas não falaremos sobre elas. Pois sei que eu, imbuindo-me do rotulo modesto de ‘cosplay de escritor’ pretendo chegar à efetivação do oficio. E sem a obsessão narcisista de que todos me leiam, mas com a certeza de que tenham o direito e a possibilidade. Os interessados e os solicitados. 

Evaporar

“... Só agora eu sei
Aprender a dar foi o que ganhei...”

Costumo citar muito o Amarante por esse trecho. Já pus inclusive numa outra crônica, uma das primeiras que escrevi. Na ocasião eu contava sobre uma troca de presentes em um natal em que ganhei um jogo de cuecas incompatíveis com o meu tamanho e seguindo a sugestão da minha mãe presentei com elas meu avô. Eu me senti bem e útil. Já conhecia Little joy na época e esse pedacinho da música intercalou meus pensamentos no momento e acabou abafando a salva de palmas.